quarta-feira, novembro 25, 2009

Transparências...

Caros designers, ainda bem que existe transparência...
  
99.500,00 € - Prestação de serviços de design com vista à criação e desenvolvimento do Portal Centenário da República - Henrique Cayatte - Design, Lda.
90.000,00 € - Prestação de serviços de design global do estacionário da Comissão Nacional e dos materiais de suporte à comunicação dos diferentes eixos programáticos - Henrique Frederico Cantiga Cayatte (recibos verdes?). Ajuste directo? Sem concurso público, portanto... Viva a República, Viva Portugal!


Mais pormenores  em:
www.transparencia.pt
www.centenariorepublica.pt
centenario-republica
www.ionline.pt

Finalmente um orgão de comunicação de referência pega no caso dos gastos da Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República que já tinha sido denunciado aqui. Acontece que eu espanto-me que não cause enorme escândalo o facto do design do deste simples site ter sido adjudicado por 99.500,00 euros. Eu pasmo com a naturalidade com que se aceita que se gastem às expensas dos impostos dos cidadãos 90,000,00 euros em "estacionário" (envelopes, canetas, papel de carta etc.).
De resto, com a sua empresa a facturar 180.000,00 euros nestes dois ajustes directos, Henrique Cayatte só pode estar feliz: uma comenda da republica no dia 10 de Junho será a cereja no topo do bolo.

Publicada por João Távora em Quinta-feira, Outubro 08, 2009

Ainda a "talho de foice" é preciso notar que o concurso inicial para o desenho da marca do centenário da República, promovido pelo CPD (presidente Henrique Cayatte), não teve vencedores. O concurso foi direccionado para recém licenciados porque, segundo justificação do CPD a um dos membros do júri, não havia dinheiro para pagar a designers profissionais.


2 comentários:

Unknown disse...

Realmente é só rir para não chorar.

Milhares de jovens designers a falsos recibos verdes, com estágios sem ganhar ou a ganhar para as despesas e salários baixo quando hácontrato e depois é isto ao lado...

Anónimo disse...

Enquanto não houver uma nova revolução da juventude que é constantemente explorada e assediada moralmente, humilhada por entidades patronais que só vêem lucro, enquanto não nos juntarmos todos para combater estas condições, o futuro de Portugal será dos empregadores e dos poderosos.