sexta-feira, maio 05, 2006

Desculpe... você é o quê? Designer?....

Reconheço que este comentário postado a algum tempo aqui no blog, merece estar aqui referenciado, isto porque, no fundo é também uma das minhas preocupações sobre a falta de sensibilidade que existe no que se refere à temática da profissão como designer....
Quem já não sentiu uma certa frustração em tentar explicar a algum amigo ou conhecido que a nossa profissão não é propriamente um monstro ou uma doença rara... Penso, que nós profissionais da área do design, temos o dever de participar numa maior sensibilização e num diálogo mais aberto junto do cidadão comum. Porque, bolas!... nós estamos rodeados de design por todo o lado, e as pessoas não compreendem que por detrás de uma simples escova de dentes, está a mente criativa de um designer... Bom, o motivo para tal falta de informação e já para não falar de cultura de design, deve-se em grande parte, a falta de um organismo ao associação que nos represente, ao ponto de ser criado uma ordem dos designers!...
Enfim!... aqui fica o tal pensamento de um bloguer anónimo!... Bem Hajas!...

Anonymous said...
Boas,
Parece que andamos um pouco alheados, ou despreocupados com o nosso futuro.
Apesar de existirem duas associações, não temos grande informação acerca dos problemas reais que afectam a classe. Como por exemplo qual é a média de ordenados para designer's licenciados?
Quais os nossos direitos, e quem nos defende quando o patronato não nos dá margem de manobra para frequentarmos cursos de formação contínua?
Quando competimos para lugares de Designer's e concorremos na metodologia da média de final de curso com arquitectos, marketeer's, biologos, filosofos, etc...? (que não são claramente focacionados para o nosso trabalho, mas a média é maior....)
Como se processa a progressão na carreira de designer, (maquetista, arte-finalista, criativo, director criativo, director de arte...)?
Estas e muitas dúvidas pairam sobre as nossas cabeças. Temos duas associações e pouco temos. ( sou associado de uma como já referi, não participo muito mais que o pagamento da cota, porque infelizmente não posso, por isso não me candidatei a nenhum cargo dirigente ou de apoio à direcção.) por isso julgo, dando todo o valor às pessoas que fazem parte da direcção das duas associações, que se candidataram e se encontram na disposição de serem questionadas com o seu empenhamento nestes casos tão prementes da classe.
Um sócio, é um cidadão que se inscreve, paga cotas, ajuda a associação até ao limite das suas prioridades (cada pessoa tem as suas) e espera da estrutura um empenhamento e feedback das suas acções.
O argumento " E tu? O que já fizeste?" - é válido numa equipa de trabalho, numa associação profissional, não podemos estar à espera que os seus associados apresentem propostas de lei para proteger a classe perante o poder institucional, promova a classe, etc... São responsabilidades das Associações. Bem como as conversas entre designer's, promoção de cursos, não seram certamente as acções com mais urgência na classe.
Será que terão os associados que desenvolver actividades paralelamente às associações? Fazer o trabalho de casa às associações? Antecipar-se às associações?
Não me parece que seja esse o caminho. Até porque a credibilidade destas acções encontra-se nas associação ( neste caso, grupo de pessoas com um diploma e profissão em comum)
Desculpem o tom crítico da mensagem, mas quem contribui, continua a contribuir...ESPERA E DESESPERA.
Um abraço para todos e gostava de ter resposta das duas associações se possível...

2 comentários:

E disse...

Concordo plenamente. Eu quero tirar o curso de design gráfico - é o meu sonho. Quando alguém me pergunta que curso quero tirar, aquelas pessoas dos 50 pra cima que passam a vida a lastimar-se mas que querem sempre saber que curso vai tirar a "menina bonita que cresceu tão depressa", eu respondo (já sabendo a reacção) que quero ser designer, com um sorriso esforçado, entretanto passam-se ali uns segundos de silêncio e as reacções (plenas de ignorância): ou mudam de assunto, ou esboçam um sorriso e mudam de assunto. Concluindo, para a maioria destas pessoas de meia idade ser designer deve ser a mesma coisa que "trabalhar no jumbo a cortar fiambre"! Escollher uma profissão que não é reconhecida e aplaudida pela maioria da sociedade é mau, mas dá ainda mais vontade de seguir em frente para tentar mudar essa situação.

Henrique Garcia disse...

veja meu blog, tb sou designer :)